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    Sempre Modernos: Joaquim Tenreiro | Sergio Rodrigues | Jorge Zalszupin | Jean Gillon


    Publicação da Galeria

    Publicado por ocasião da exposição Sempre Modernos, realizada na galeria Passado Composto Século XX de 10 de junho a 25 de julho de 2009, que reuniu cerca de 40 peças originais de época, assinadas por grandes nomes do design brasileiro. A galeria apresentou móveis, tapeçarias, estudos e objetos de Joaquim Tenreiro, Sergio Rodrigues, Jorge Zalszupin e Jean Gillon. A mostra teve curadoria de Adélia Borges, jornalista e professora de história do design.

    "É uma oportunidade de conhecer preciosidades de um período especialmente rico da história do design brasileiro", diz a curadora. Todas as peças expostas são originais, a maioria produzida com o jacarandá-da-bahia, madeira de grande durabilidade e qualidade, hoje quase totalmente extinta. As obras fazem parte do acervo da galeria e de coleções particulares. Algumas, inclusive, somente poderão ser vistas em uma exposição como esta, já que foram produzidas apenas poucas unidades, hoje raras. "Por sua qualidade estética e técnica, os móveis desse período alcançaram o atributo de clássicos atemporais", explica Borges.

    Só muito recentemente essas preciosidades começaram a ser devidamente valorizadas. Antiquários de móveis e casas de leilões da Europa e Estados Unidos, até então dedicados quase exclusivamente a peças européias, passaram a trabalhar com produtos made in Brazil, que têm alcançado enorme prestígio e reconhecimento. Um dos exemplos é a cadeira Três Pés, de Joaquim Tenreiro, que foi vendida em Nova York, em 2004, por US$ 54 mil e em 2006, alcançou a cotação de US$ 250 mil, segundo reportagem publicada na revista especializada Art+Auction.

    A seleção traz peças que retratam técnicas, características e o processo criativo peculiares a cada designer. O público poderá apreciar peças já bem difundidas, como a cadeira Três Pés de Joaquim Tenreiro e a poltrona Mole, de Sergio Rodrigues - que comparece também na versão de sofá de dois lugares, do qual foram produzidas apenas cerca de dez exemplares. Há também trabalhos menos conhecidos, mas igualmente significativos da história do design brasileiro, como as peças que Jorge Zalszupin desenvolveu para a L'Atelier e que Jean Gillon criou para empresas como a WoodArt, uma das pioneiras em exportação de móveis. "É comum a esse período uma busca pela honestidade na criação do móvel", explica Adélia Borges. Ou seja, todas as peças mostram o mesmo cuidado e apuro técnico também com o lado não aparente, como a parte de trás e o avesso. De Gillon, além de móveis como a poltrona Jangada, há objetos, tapeçarias e estudos de tapeçaria que formam um conjunto de grande qualidade.

    "A exposição reafirma nossa preocupação em apoiar o design brasileiro, da importância de se resgatar a memória nacional e de contribuir para sua valorização", afirma Graça Bueno, diretora da Passado Composto Século XX. Seguindo essa orientação, todas as peças da galeria têm sido alvo de exaustiva pesquisa e documentação, nos mesmos moldes do que se faz internacionalmente. "Nosso papel é justamente esse, o de criar uma cultura, tanto de conhecimento como de valorização do melhor da produção nacional", diz Bueno

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